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TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA:

Abordagem através da Taxa de Natalidade

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A Taxa Bruta de Natalidade corresponde à relação entre o número de crianças nascidas vivas durante um ano (a cada mil habitantes) em uma determinada área, excluindo aquelas que nasceram mortas ou que morreram logo após o nascimento. Assim como a taxa de mortalidade, é um importante indicador estatístico da demografia brasileira.

A projeção para o perfil brasileiro mostra que temos uma nova face entre os anos 1950 e 2100. O Brasil está passando por uma fase de transição demográfica, apresentando queda nas taxas de mortalidade e natalidade. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a partir de 2045 as Taxas Brutas de Mortalidade (TBM) e Natalidade (TBN) se encontrarão. Como consequência, o Crescimento Vegetativo (CV)* será negativo. Com isso, entendemos que em 2045 o nosso país atingirá o seu pico de habitantes, iniciando sua queda populacional a partir disso. A taxa de fecundidade (número médio de filhas(os) durante o período reprodutivo de uma determinada população) influenciará numa maior ou menor queda (ALVES, 2020).

Entre os anos de 2000 e 2015, a projeção para a taxa de natalidade apresentou um declínio de 6,7 nascimentos a cada 1000 habitantes, passando de 20,86 para 14,16 (IBGE, 2013). Isso significa que, quando atingirmos o nosso pico, o país apresentará baixa taxa de natalidade, e somada à queda da mortalidade, a população estará em decrescimento, apresentando uma maior quantidade de pessoas idosas e menos nascimentos.

Deixando de lado a linguagem técnica, podemos pensar sobre como o nosso país se estruturará para enfrentar essa nova dinâmica quando falamos sobre demanda por serviços públicos. É de suma importância projetarmos os impactos desse novo contexto no desenvolvimento humano da população, principalmente em tempos de COVID-19. Sabemos que a pandemia não afetará a trajetória demográfica, mas o contexto em que está ocorrendo influenciará no curso da economia brasileira e qualidade de vida da população, impedindo de aproveitar o bônus demográfico, como explica Alves (2020), do momento atual.

*CV = TBN - TBM

Alice Campana - Assistente Financeiro

 

Fontes:

ALVES, José Eustáquio Diniz. O perfil demográfico do Brasil até 2100 e os desafios da covid-19. Laboratório de Demografia e Estudos Populacionais, Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora, 2020. Disponível em: <https://www.ufjf.br/ladem/2020/06/15/o-perfil-demografico-do-brasil-ate-2100-e-os-desafios-da-covid-19-artigo-de-jose-eustaquio-diniz-alves/>

CERQUEIRA, César Augusto.; GIVISIEZ, Gustavo Henrique Naves. Conceitos básicos em demografia e dinâmica demográfica brasileira. In: RIOS-NETO, Eduardo Luiz G.; RIANI, Juliana de Lucena (Orgs.). Introdução à demografia da educação. Campinas: Associação Brasileira de Estudos Populacionais, 2004.

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Projeção da População do Brasil. 2013. Disponível em: <https://brasilemsintese.ibge.gov.br/populacao/taxas-brutas-de-natalidade.html>

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