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MAIS UMA DA SÉRIE: APOSENTADORIA. O QUE FAZER?

Devo contratar um plano privado de aposentadoria? Qual?

De acordo com os dados da PREVIC e da SUSEP, o setor de previdência privada vem aumentando sua participação no Produto Interno Bruto. Isso demonstra que estamos nos preocupando mais com o planejamento financeiro de longo prazo e buscando planos privados de aposentadoria para isso. Em 2017, a participação desse setor no PIB era de 25%, em 2018 foi de 26% e no ano de 2019 subiu para 27%.

Mas tratar o assunto genericamente como “Previdência Privada” é ser bem simplista. O tema é extenso, os planos são cheios de peculiaridades e diferenças. Para fazer uma escolha entre eles, é importante entender suas características e diferenças. Vamos assumir inicialmente que o objetivo dos planos é o mesmo: construir uma renda extra à aposentadoria oficial. Agora vamos então tratar dos pontos chaves da previdência privada e seus tipos:

  • Regime Autônomo e facultativo:

Conforme artigo 202 da nossa constituição, o regime de previdência privada (complementar) é organizado de forma autônoma em relação ao regime geral de previdência social e facultativo.

A intenção da previdência privada (ou complementar) é dar a possibilidade de complementação do benefício de aposentadoria oficial. Para isso, aqueles que têm interesse realizam um contrato de previdência com uma Entidade Fechada de Previdência Complementar – EFPC, ou com uma Entidade Aberta de Previdência Complementar – EAPC.

  • Entidades Abertas e Fechadas:

Então, a Previdência Privada pode ser Aberta ou Fechada. As Entidades Abertas de Previdência Complementar - EAPC são Sociedades Anônimas que visam lucro, e as Entidades Fechadas de Previdência Complementar- EFPC, também conhecidas por “Fundos de Pensão”, são entidades sem fins lucrativos.

Qualquer pessoa física pode aderir a um plano de uma EAPC junto a um banco ou seguradora, mas apenas pessoas pertencentes a grupos específicos com vínculo empregatício ou associativo podem aderir aos planos de uma EFPC (por isso, “entidade fechada”).

Os planos das EAPC podem ser individuais ou coletivos e os das EFPC são planos coletivos. Todos esses planos juntos dão cobertura a mais de 16 milhões de pessoas.

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  • SUSEP ou PREVIC:

Mas as EAPC e as EFPC são mundos um tanto diferentes e por isso também a fiscalização se dá por órgãos diferentes. As EAPC são fiscalizadas pela Superintendência de Seguros Privados - SUSEP e as EFPC são fiscalizadas pela Superintendência Nacional de Previdência Complementar - PREVIC.

  • PGBL e VGBL:

Os principais planos vendidos pelas EAPC são os famosos PGBL e VGBL. A principal diferença entre eles está no benefício fiscal. Quem tem um PGBL pode abater até 12% da renda tributável na declaração completa de Imposto de Renda. Para quem faz a declaração simplificada, é mais indicado o VGBL, que terá sua tributação apenas sobre a rentabilidade do plano.

  • BD, CD e CV:

E quando falamos de EFPC, precisamos ficar cientes que esses planos também podem ser de diferentes modalidades:


Benefício Definido, que são estruturados em contas coletivas e garantem a manutenção do nível salarial da época da aposentadoria com a contrapartida de um custeio variável;

Contribuição Definida, que são estruturados em contas individuais e dá garantia prévia do valor do benefício de aposentadoria com a contra partida de uma contribuição acertada na contratação; e

Contribuição Variável, que une características das duas últimas modalidades no sentido de que os benefícios e as contribuições são variáveis.

  • Patrocinador e Instituidor:

Ainda falando sobre a estrutura desses planos das Entidades Fechadas e das contribuições, vale ressaltar que apenas as patrocinadoras, juntamente com os participantes, têm responsabilidades financeiras e participam nas contribuições para o plano (patrocínio). Os instituidores não. Os Instituidores são apenas pessoas jurídicas de caráter profissional classista ou setorial que instituem os planos a seus associados.

Ou seja, os planos criados por instituidores são financiados pelos participantes e os planos criados por patrocinadoras são financiados pela empresa patrocinadora (ou grupo de empresas, a União, Estados, Municípios, Sociedade de economia mista, etc) e pelos participantes.

Agora você sabe mais um pouco sobre como funciona a previdência privada. Busque sempre entender o produto que você está comprando e se é o melhor para o seu perfil. Não deixe de analisar no seu contrato as taxas praticadas e as cláusulas de autopatrocínio, portabilidade e resgate caso tenha.

Essas são as dicas que nós da Unna Atuária temos para você. Desejamos um planejamento financeiro tranquilo e de sucesso.


Raquel Fernández

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